Resenha: "Maze Runner: Correr ou Morrer", James Dashner


Correr ou Morrer

Autor: James Dashner
Editora: V&R Editoras
Título Original: The Maze Runner
Gênero: Jovem Adulto / Aventura / Distopia / Ficção Científica
Páginas: 426
Ano: 2010
Sinopse: Ao acordar dentro de um escuro elevador em movimento, a única coisa que Thomas consegue lembrar é de seu nome. Sua memória está completamente apagada. Mas ele não está sozinho. Quando a caixa metálica chega a seu destino e as portas se abrem, Thomas se vê rodeado por garotos que o acolhem e o apresentam à Clareira, um espaço aberto cercado por muros gigantescos. Assim como Thomas, nenhum deles sabe como foi parar ali, nem por quê. Sabem apenas que todas as manhãs as portas de pedra do Labirinto que os cerca se abrem, e, à noite, se fecham. E que a cada trinta dias um novo garoto é entregue pelo elevador. Porém, um fato altera de forma radical a rotina do lugar - chega uma garota, a primeira enviada à Clareira. E mais surpreendente ainda é a mensagem que ela traz consigo. Thomas será mais importante do que imagina, mas para isso terá de descobrir os sombrios segredos guardados em sua mente e correr, correr muito. 

Thomas acorda dentro de um elevador escuro e não se lembrar absolutamente de nada, exceto seu nome. Quando finalmente a caixa metálica chega a seu destino, Thomas se depara com vários garotos o encarando. Totalmente confuso, sem saber onde estava e quem ele realmente é, os garotos acabam o ajudando informando onde que ele estava. O lugar, é a Clareira, e os garotos são os clareanos. A Clareira é um lugar cercado por muros altos, que toda manhã se abre e no fim da tarde se fecha para protege-los do que vive por trás desses muros: os labirintos e os Verdugos - criaturas mecânicas medonhas, que com uma picada pode causar danos horríveis, causando até a morte.
Todo mês, chega uma nova pessoa na Clareira e eles sempre recebem alimentos pelo mesmo lugar que eles veem.  Há dois anos a Clareira recebe esses garotos, todos não têm nenhuma memória da vida que levavam antes de chegar lá. Na Clareira cada um tem sua função, no início, cada pessoa passa por cada área para saber em qual se dá melhor. Dentre essas funções, existe a mais importante, porém mais perigosa: os Corredores. Estes, são responsáveis por entrar nos labirintos e mapeá-los, para que eles possam encontrar uma forma de sair desse lugar, mas eles precisam voltar antes dos muros se fecharem, caso contrário, ficarão presos no labirinto junto com os Verdugos e, todos que ficam, não conseguem voltar com vida.

Quando o puxaram pela borda áspera da caixa escura o coro de vozes silenciou, mas alguém falou. Thomas teve certeza de que nunca esqueceria aquelas palavras.
- Legal conhecer você, trolho - disse o garoto. - Bem-vindo à Clareira.

Thomas não entende o que esta acontecendo, mas aos poucos, começa a aprender como os clareanos vivem. E, sem saber o motivo, sente que precisa se juntar com os Corredores. Mesmo sendo um trabalho muito perigoso, Thomas sente que precisa estar lá fora, no labirinto, correndo por todas as curvas e direções, ajudando a encontrar a saída da Clareira.
Porém, no dia seguinte à chegada de Thomas, algo que nunca aconteceu antes na Clareira aconteceu: uma garota é enviada através do elevador, a primeira menina da Clareira e com ela, um bilhete que deixa todos os clareanos preocupados. Thomas tem uma sensação que conhece a garota, mas não só isso, ele sente que toda essa situação é muito familiar para ele, mas ele não consegue entender.
Após todos esses fatos, de uma coisa os clareanos tinham certeza: tudo estava prestes a mudar.

As coisas são ruins, são mesmo, e ficarão muito piores para você em breve, essa é a verdade.


O livro é narrado em terceira pessoa, pelo ponto de vista do personagem Thomas. A escrita do James Dashner é incrível! Sabe aquela narrativa gostosa que prende a sua atenção do começo ao fim? Então, é exatamente assim! Uma pequena observação... Esse livro faz você usar um vocabulário beeeem peculiar, então, se vocês se pegarem falando depois de ler esse livro algumas palavrinhas que só nós clareanos conhecemos como: mértila, trolho e plong... não se sinta estranho ou maluco, isso é completamente normal, rsrs.
Correr ou Morrer é um livro bem desenvolvido, tanto no enrendo, quanto na construção dos personagens. É um livro cheio de ação, surpresas e mistérios, que no decorrer da narrativa, vão se encaixando e se revelando de uma tal forma, que você não consegue parar de ler. É um livro que te faz sentir uma montanha-russa de emoções,eu me vi durante a leitura pensando: "sai daí, seu trolho!" ou "não faz isso, seu cara de mértila!", durante todo o decorrer da história de tão envolvida que eu fiquei. E, quando você pensa que as coisas não poderiam ficar piores, acontece alguma coisa mil vezes pior e te deixa completamente curiosa para saber o que os garotos vão fazer. Ler esse livro é adrenalina pura!

As lágrimas umedeceram os olhos de Newt, e Thomas compreendeu que, mesmo dentro da câmera escura das lembranças que tinham perdido, fora do seu alcance, nunca vira alguém tão triste. A escuridão crescente do entardecer era o cenário perfeito para expressar como as coisas pareciam sombrias para Thomas.

O mais bacana desse livro é a parceria e o companheirismo entre os personagens, você acaba se encantando com o jeito que um ajuda o outro, sofrem e lutam juntos, sem desistir. Eu me emocionei bastante e sofri bastante conforme as coisas iam acontecendo com o grupo de clareanos. Eu me apeguei tanto aos personagens, que em um certo ponto da narrativa acontece um fato, que eu não consegui segurar e chorei litros! Já deixo a dica: prepara o coração, porque é tiro atrás de tiro.
Thomas demorou para me cativar, ele só me ganhou lá para o meio do livro, mas em compensação, Newt me ganhou na primeira frase, com certeza ele é meu personagem favorito. Minho, Chuck, Caçarola e entre outros personagens coadjuvantes são as cerejinhas do bolo, fazendo a história mais viciante ainda. Porém, a única coisa que não me agradou foi o romance que o autor trouxe entre os personagens Thomas e Teresa. Não consegui engolir o lance entre os dois, eu gostei da ligação telepática, mas o romance em si, achei meio chato, bem caidinho, não consegui torcer por eles. Sabe aquele romance água com açúcar? Então... Mas, entre tantos pontos positivos da pra ignorar esse fato e se surpreender a cada virada de página, principalmente com o final, o que é aquele final?! Absurdamente incrível! Você termina e automaticamente já quer correr para ler a continuação!

- Bem, só pode ser uma burrice me mandar para um lugar onde nada faz sentido e não responder às minhas perguntas. - Thomas parou, surpreso consigo mesmo. - Trolho - acrescentou, carregando a palavra com todo o sarcasmo ao seu alcance.
Newt deu uma risada, mas se recompôs.
- Gosto de você, Fedelho. Agora cale a boca e deixe-me mostrar-lhe uma coisa.  

Se você assistiu o filme e depois leu o livro, assim como eu, vai perceber que o primeiro livro não teve muitas diferenças. Dentre tantas distopias que já li por ai pós-apocalítico, esse com certeza é o mais diferente e louco (no bom sentido haha) e incrivelmente único. E a sacada do final, quando tudo se encaixa, as respostas são encontradas e a grande revelação passa pelos nossos olhos, tudo faz o maior sentido. Sabe aquela sensação de virar a última página e querer sair correndo atrás da continuação?! É assim que "Maze Runner: Correr ou Morrer" faz com você!
Enfim, para quem gosta de uma boa distopia, cheia de ação e muito suspense, vai se deliciar com esse livro. Esse "trolho" do James Dashner ganhou uma fã! hahaha Logo mais trago a resenha do segundo livro "Maze Runner: A Prova de Fogo", que já devorei! <3




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