Resenha: "Espada de Vidro", Victoria Aveyard


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Autora: Victoria Aveyard
Editora: Seguinte
Título Original: Glass Sword
Gênero: Literatura Estrangeira / Fantasia / Distopia / Jovem adulto
Páginas: 496
Ano: 2016
 Sinopse: Se sou uma espada, sou uma espada de vidro, e já me sinto prestes a estilhaçar.
O sangue de Mare Barrow é vermelho, da mesma cor da população comum, mas sua habilidade de controlar a eletricidade a torna tão poderosa quanto os membros da elite de sangue prateado. Depois que essa revelação foi feita em rede nacional, Mare se transformou numa arma perigosa que a corte real quer esconder e controlar.
Quando finalmente consegue escapar do palácio e do príncipe Maven, Mare descobre algo surpreendente: ela não era a única vermelha com poderes. Agora, enquanto foge do vingativo Maven, a garota elétrica tenta encontrar e recrutar outros sanguenovos como ela, para formar um exército contra a nobreza opressora. Essa é uma jornada perigosa, e Mare precisará tomar cuidado para não se tornar exatamente o tipo de monstro que ela está tentando deter.


Espada de Vidro é o segundo livro da série A Rainha Vermelha (clique aqui pra ler a resenha).  E começa exatamente onde acabou o livro anterior, Mare e Cal sendo resgatados pela Guarda Escarlate e levados para Naercey, porém, Maven sabia desse esconderijo da Guarda - já que Mare pensava que poderia confiar nele -, ele prepara uma emboscada e envia vários soldados prateados para atacar Mare e a Guarda. Depois de uma luta sufocante e desesperadora, eles conseguem fugir. Nessa fuga surpreendente, Mare fica boquiaberta com a base que a Guarda Escarlate possui: uma ilha isolada, muitas armas roubadas, barcos subaquáticos, uma quantidade numerosa de pessoas e muito poder, já que a guarda não possui contato somente com Norta, mas em Lakeland e outros reinos comandados por prateados, que possui vários membros da Guarda inseridos nos países. Mare compreende que a Guarda se mostra fraca para os prateados, mas esconde um poder imenso. Com isso, a esperança de derrotar Maven e Elara só aumenta.

Parecemos fracos porque queremos. 

Na ilha o Coronel Farley não demonstra muita simpatia por Mare e o sentimento é reciproco, pois para o Coronel Mare é igual aos prateados: possui poder. E isso, assusta o Coronel. Cal, já está preso e é tratado pelo Coronel como um monstro, ninguém confia nele, pois ele é o príncipe que "matou" o próprio pai, além de ser sangue prateado. E esse pé atrás com Cal, não vem somente do Coronel, mas sim da maioria dos membros da Guarda.
Em meio a esse impasse, Mare consegue convencer Shade - seu irmão, que como ela, também tem poderes -, a Farley e Kilorn a irem atrás das pessoas que são iguais a ela: Sanguenovos. Mare possui uma lista com os nomes de todos os Sangues Vermelhos que tem uma alteração no sangue como Shade e ela. Entretanto, Maven também possui essa listinha e, com certeza irá atrás deles. Mare  e seus amigos vão atrás desses sanguesnovos, que têm sangue vermelho, com poderes prateados, mas bem mais fortes. Esse poder, assusta os prateados, justamente pelo fato de ser uma coisa nova, por não ter explicação. E com essa força do desconhecido, Mare e a Guarda Escarlate querem criar um exercito para destruir o reinado de Maven.

- Vamos nos levantar, vermelhos como a aurora - os rebeldes gritam em uníssono, batendo a coronha dos rifles no chão.

O livro como o anterior é narrado em primeira pessoa, uma escrita bem feita e tenho que admitir... até mesmo envolvente. Victoria tem uma mente fantástica (e como disse na resenha de A Rainha Vermelha), ela tem uma história surpreendentemente perfeita nas mãos, porém esse livro me mostrou que ela está meio perdida. Não digo que não gostei do livro, pelo contrário, o livro tem personalidade, é bem diferente dessas distopias atuais. Eu amei a "caça ao tesouro" de Mare, atrás de seus sanguenovos e a luta psicológica dela com seus pensamentos sobre Maven - a propósito, a ira de Maven nesse livro foi de se tirar o chapéu. Nesse livro, Mare pra mim foi difícil suportar, após ser traída por Maven, ela passou a ser uma pessoa mais amargurada, desacreditada, egoísta e mesquinha, se achando superior as outras pessoas e não acreditando em ninguém, nem na própria família e muito menos nas pessoas ao seu redor. Ela só pensa em criar um exercito para acabar com Maven e Elara e não se importa com as mortes que virão no caminho.  

- Se estou me transformando num monstro, você também está.
Ele baixa os olhos.
- O amor cega.
-Se essa é a sua ideia de amor...
- Não sei se você ama alguém de verdade - ele dispara. - Se vê algo além de instrumentos e armas.   


Para dar uma amenizada, achei que a autora quis colocar uma pitada de romance, o que novamente, não conseguiu. Nesse livro a autora focou em Cal e Kilorn e deixou Maven como uma sombra. De novo, não consegui me cativar e muito menos entender para que lado ela quer levar o romance. Achei tudo muito forçado entre ela, Cal e Kilorn. Meu personagem preferido é Cal, ele foi um personagem que literalmente perdeu tudo, mas mesmo assim a sua força permaneceu e ele luta para conseguir se encaixar no meio da Guarda e seus sentimentos por Mare aparecem aos poucos. Porém, como disse, é muito forçado, justamente pelo fato de Mare ser um pé no saco. Não consigo ver alguém se apaixonar por ela, sério, só o Kilorn mesmo, que conheceu ela antes de tudo. Mas mesmo assim, para mim, no fundo ela ama mesmo é Maven, por isso tanta amargura e sede de vingança.

Não passamos de distrações um para o outro, e distrações podem matar. Mas minhas mãos se fecham sobre as dele, nossos dedos se enlaçam, até nossos ossos se emaranham. O fogo está apagando, as chamas estão se reduzindo a brasa. Mas Cal ainda está aqui. Nunca vai me deixar.


Agora os pontos positivos da hisria, que me fez ler até o fim, foi a ação bem detalhada e escrita, as cenas de luta, fuga, os poderes sobrenaturais tanto dos prateados, quanto dos sanguenovos e o grande encontro entre as "raças", foi de tirar o fôlego de uma forma, que me senti lá no meio a cada virada de página!
Amei conhecer os personagens secundários como Kilorn, Farley e Shade, que encheram o livro com suas personalidades fortes - digno até de ganhar um spin-off de algum deles, talvez. E claro, os novos sanguenovos, conhecer cada um também foi uma bela sacada da autora.
E ainda consegui ver as grandes influências da autora no decorrer da história - principalmente George R.R Martin. 

Se sou uma espada, sou uma espada de vidro, e já me sinto prestes a estilhaçar.

Mesmo com seus altos e baixos, o final foi surpreendente como o livro anterior, mas de uma forma diferente. Com esse final, vários questionamentos surgiram. E mais uma vez, irei ler a sequência, com a esperança de que Victoria Aveyard irá se encontrar, nos dar as respostas e entregar uma história grandiosa no próximo livro.





"A Bela e a Fera" com Emma Watson ganha primeiro teaser!!!

Hey, leitores!
Notícia quentinha do dia: hoje a Disney divulgou o tão esperado teaser do live-action A Bela e a Fera, que teve início das gravações em maio e encerrou em agosto do ano passado.
O filme é inspirado em La Belle et la Bête, um livro escrito por Gabrielle-Sizanne Barbot.
E o mais legal de tudo: vai ser estrelado por nada mais, nada menos do que a lindíssima Emma Watson e a nossa Fera será interpretado pelo ator Dan Stevens. O filme deve chegar nas telinhas dos cinemas brasileiros em 16 março de 2017.
Confira o teaser:



O cast além de Emma Watson, conta também com Luke Evans, Josh Gad, Ewan McGregor e outros. A produção do filme também não fica pra trás, só tem figura famosa como o cineasta Bill Condon (Crepúsculo), que cuidará da direção dessa adaptação. A trilha sonora vai ficar nas mãos de nada mais, nada menos do que Alan Menken, vencedor do Oscar de Melhor canção pela música da animação "A Bela e a Fera". Um fato curioso também, é que quem cuidou do roteiro foi Andrew Davies e quem revisou foi o Stephen Chbodky, autor de "As Vantagens de Ser Invisível".
E aí, que acharam? Eu amei e fiquei bem curiosa pra ver o resultado! Pena que é só pra 2017... A Disney tem esse probleminha de enrolar pra lançar adaptações, né?! (Digo justamente por causa de Fallen, que deve está na fila de espera pra ser lançado...)
Mas enfim, estou ansiosa para ver Emma Watson com Bela! 
Beijos, até mais! xx

Resenha: "Anna e o Beijo Francês", Stephanie Perkins


Anna e o Beijo Francês 

Autora: Stephanie Perkins
Editora: Novo Conceito
Título Original: Anna and the French Kiss
Gênero: Chick-lit / Romance / Literatura Estrangeira
Páginas: 286
Ano: 2011
Sinopse: Anna Oliphant tem grandes planos para seu último ano em Atlanta: sair com sua melhor amiga, Bridgette, e flertar com seus colegas no Midtown Royal 14 multiplex. Então ela não fica muito feliz quando o pai a envia para um internato em Paris. No entanto, as coisas começam a melhorar quando ela conhece Étienne St. Clair, um lindo garoto — que tem namorada. Ele e Anna se tornam amigos próximos e as coisas ficam infinitamente mais complicadas. Anna vai conseguir um beijo francês? Ou algumas coisas não estão destinadas a acontecer? 

Anna é uma jovem de 17 anos que mora com seus pais e o irmão caçula em Atlanta, é apaixonada por filmes - tem até um blog de crítica de cinema -, e sonha um dia trabalhar com isso. Tudo está perfeito em sua vida: um trabalho no cinema da cidade, uma melhor amiga maravilhosa e um paquera que está quase virando um namorado. Porém, seu pai - que é um famoso autor de romances - decide que sua filha precisa ter um estudo de alto padrão, então acaba matriculando Anna na School of America - um colégio interno de alta qualidade de jovens americanos que moram na França. Entretanto, Anna não quer ir, não quer deixar a sua vida, sua família, seus amigos, seu trabalho, o menino que ela sentia que iria rolar algo mais e acima de tudo: o medo da mudança, se sentir sozinha naquele país totalmente estranho para ela.

O que meus pais nunca consideraram é que eu só queria uma escolha.

Quando Anna finalmente chega em Paris, ela se sente sozinha, perdida - já que não sabe nem andar fora dos domínios da escola -, e o pior não sabe falar nada, absolutamente nada em Francês. Porém, em seu primeiro dia em Paris, ela se depara com Meredith, que é sua vizinha de quarto, uma garota totalmente simpática, que acaba apresentando Anna aos seus amigos: Josh, Rashimi e Étienne - mais conhecido como St. Clair - um jovem absurdamente lindo, com um sotaque britânico charmoso e um sorriso arrebatador.

Eu olho para trás. Ele está sorrindo.
- Seja bem-vinda a Paris, Anna. Eu estou contente por você ter vindo.

A partir daí, Anna se vê mais envolvida em Paris, passando a maior parte do tempo com seus novos amigos, conhecendo a cidade e seus pontos turísticos, e até aprendendo algumas palavras em francês. O que ela não esperava, era que sua ligação com St. Clair poderia ser mais do que amizade. Anna começa sentir uma leve e imensa atração por St. Clair e ela acha que não é só coisa da cabeça dela, já que ela sente que há uma atração mutua, que ele também sente que ambos estão sintonizados. Só que tem um grande problemão: St. Claire namora Ellie - uma antiga amiga do grupo, que agora está na faculdade e visita eles algumas vezes na escola. E mais, Meredith é caidinha por St. Clair e dá vários sinais de seu interesse por ele. Então, Anna se vê numa cilada daquelas: está apaixonada por seu amigo que tem uma namorada linda e universitária e ainda uma melhor amiga, que também está interessada no seu crush impossível e não pode - e não quer - magoá-la.


Como posso ser tão estúpida? Como posso inclusive por um momento imaginar que não estou apaixonada por ele?
 Nesse drama todo, muita coisa acontece no decorrer do livro, Anna e St. Clair enxergam que há algo entre eles, porém decidem deixar apenas na amizade. Mas com isso surge todos os dramas adolescentesque vocês podem imaginar: paqueras, climas, ciúmes, traições e muito chororô. Confesso que fazia muito tempo que não lia um romance colegial e, confesso de novo que eu amei. A história é narrada em primeira pessoa, a escrita é bem fácil e rápida, o que faz você virar a página e nem perceber que devorou o livro em dois dias. O romance que acontece no decorrer do livro é tão fofo, apaixonante e beeeem adolescente, que me fez suspirar e amar mais ainda a narrativa da autora. 

É possível que lar seja uma pessoa e não um lugar? [...] Simplesmente fazemos companhia um para o outro. Minha respiração. Sua respiração. Minha respiração. Sua respiração. Nunca poderia dizer-lhe isto, mas é verdade. Isto é lar. Nós dois.
 
Os personagens secundários também foram bem construidos, cada um contribuindo com seu toque, deixando tudo mais cativante. Gostei muito da Rashimi, mesmo ela sendo um pouquinho estourada (o que eu amei, sempre gosto de personagens com personalidade haha), ela é uma personagem secundária que vale a pena destacar. E não posso deixar de falar sobre a química perfeita do casal principal, eles são tão perfeitos um para o outro, que até não me aguentei com tanta fofura! Me senti tão próxima deles, das sensações, do envolvimento, dos dramas, palavras e afetos,  que não consegui segurar a emoção!! Será que foi por causa da Cidade Luz?! Tenho que destacar que a autora soube envolver super bem, nós leitores, com os pontos turísticos dessa cidade maravilhosa! A cada lugar que St. Clair levava Anna, eu me apaixonava mais  por Paris: os detalhes, os lugares e os acontecimentos entre o casal, só aumentou o amor pela história.

- Eu amo Paris - eu digo.
- E eu tenho certeza que ela te ama também.

O livro é uma um chick-lit bem adolescente, mas totalmente cativante! Personagens bem construídos, um romance de tirar suspiros e ainda com Paris de background!