Resenha: A Coroa (A Seleção Livro #5), Kiera Cass


A Coroa
Autora: Kiera Cass
Editora: Seguinte
Título Original: The Crown
Gênero: Romance / Literatura Estrangeira / Distopia
Páginas: 310
Ano: 2016
Sinopse: Em A Herdeira, o universo de a Seleção entrou numa nova era. Vinte anos se passaram desde que America Singer e o príncipe Maxon se apaixonaram, e a filha do casal é a primeira princesa a passar por sua própria seleção. Eadlyn não acreditava que encontraria um companheiro entre os trinta e cinco pretendentes do concurso, muito menos o amor verdadeiro. Mas às vezes o coração prega peças… e agora Eadlyn precisa fazer uma escolha muito mais difícil - e importante - do que esperava. America Singer e o Príncipe Maxon se apaixonaram, e a filha do casal é a primeira princesa a passar por sua própria seleção. Eadlyn não acreditava que encontraria um companheiro entre os trinta e cinco pretendentes do concurso, muito menos o amor verdadeiro. Mas às vezes o coração prega peças… e agora Eadlyn precisa fazer uma escolha muito mais difícil - e importante - do que esperava.


A Herdeira não foi meu livro favorito da série e fiquei meio desapontada com a história. Não gostei da Eadlyn e foi muito difícil manter a leitura em A Herdeira, fui começando a gostar no final do livro. Em A Coroa, comecei a ler com uma grande expectativa, pois do meio ao final de A Herdeira, eu finalmente fiquei envolvida, porém, meu desapontamento aumentou em A Coroa, mas comento sobre isso mais pra frente.
O livro começa de onde acabou A Herdeira, America tendo um infarto. Eadlyn está a ponto de cancelar toda a seleção, pois o estado de sua mãe é grave. Porém, as coisas em Illéia não estão boas, os moradores do país estão indignados com a situação das castas que mesmo de uma forma "invisível" continua incomodando e de certa forma existindo a divisão.
Com America em estado grave, Maxon fica desesperado e acaba largando tudo - sim o seu  reinado - e ficando ao lado de America ( Maxon sendo Maxon <3). Por isso, Eadlyn toma o poder temporariamente - o que não deixa os moradores de Illéia feliz, já que eles não gostam da princesa, agora rainha.  Eadlyn se vê totalmente sobrecarregada: sua mãe doente, os seus deveres de rainha, um conselho que não está lhe apoiando muito justamente pelo fato de ser muito nova e claro, uma seleção em andamento que ela não faz ideia de quem irá escolher.

E era isso que agora eu esperava: que, de alguma forma, trabalho e amor pudessem se unir e que no fim de tudo isso, eu pudesse estar feliz comigo mesma.

Reinando Illéia, Eadlyn enfrenta muitos obstáculos e um deles é mostrar para o povo de Illéia que ela não é a princesinha mimada, insensata, mesquinha e esnobe que só pensa em festa e vestidos, mas sim ser uma grande líder, sensata, inteligente, bondosa e que se importa com seu povo. Será que ela vai conseguir? Com isso, ela precisará da ajuda de seus conselheiros, porém em meio a tantos problemas e decisões importantes, Eadlyn acaba se deparando com um inimigo perigoso, que vai tentar com todos os seus meios - já que ele é uma pessoa muito influente - tomar a sua coroa. Será que ela vai conseguir manter-se no reinado?


A constrição ao redor do meu coração seria suficiente para esmagar qualquer um.

Com todos problemas que veem junto com a coroa, Eadlyn ainda tem que escolher seu marido. E ela se mostra mais chegada aos selecionados Fox, Hale, Kile, e o finlandês Henri com seu tradutor Eric. Diferente de A Herdeira, nesse livro a personagem está com o coração mais mole e digo isso de uma forma positiva, já que não foi forçado o amadurecimento dela, a forma de ela enxergar a vida, o amor, as dificuldades e principalmente dar uma segurada no ego dela. Porém, o que foi mal desenvolvido foi o relacionamento dela em geral com os selecionados. Foi fofo? Sim. Cativante? Sim. Rolou aquele amor, brilho nos olhos, que te faz suspirar e ficar torcendo para que o casal fique junto? Infelizmente não. Foi tudo forçado demais. Em A Herdeira, deu a entender que ela ficou bem abalada com Kile, encantada com Henri e cativada com Hale. Nesse, porém, mesmo sendo abordado já no livro anterior o lance entre Eadlyn e a pessoa que ela escolheu, não foi muito encantador, sabe? Não teve aquele frio na barriga, como America e Maxon. Talvez, se Kiera tivesse abordado mais, detalhado mais, eu tivesse gostado mais, porque eu gostei da escolha, só senti que foi tudo muito corrido. Fiquei bem decepcionada nesse ponto.

Eu estava cercada por exemplos de como o amor, o amor verdadeiro, poderia tornar menos incômodas as circunstâncias, seja enfrentando a maior decepção de sua vida ou arcando com o peso de um país.

O livro é narrado em primeira pessoa, o mesmo jeito fácil de ler que a Kiera tem continua, mas nesse livro achei tudo rápido demais, sem detalhes e muitas coisas que ficaram no ar e sem desfecho. Senti uma vontade absurda de abandonar o livro, só li até a última página porque queria ver o grande final. E para ser sincera o final ficou bom, mas não foi lá essas coisas, faltou algo. Achei que nos últimos capítulos ela correu tanto pra finalizar a história, que fiquei chocada. Quando cheguei na última página, juro que fiquei procurando pra ver se tinha algo mais, se era uma pegadinha, mas não era. Realmente tinha acabado.
 Ouso dizer que esses dois últimos livros são desnecessários. Ouso dizer também, que provavelmente a editora da autora induziu ela escrever outro livro pelo tamanho das vendas e conhecimento mundial da série, justamente pra ganhar mais dinheiro. Ou se não foi isso então, poderia muito bem ter juntado A Herdeira e A Coroa num livro só - já que não vejo necessidade de ter dois livro.
A única coisa boa do livro, foi o fato de poder ver mais sobre os personagens antigos como a própria America e Maxon, Aspen e Lucy, Marlee, May e muitos outros que a gente amou no decorrer dos livros anteriores. Tenho que desabafar, que foi tipo absurdamente difícil imaginar America e Maxon, ou até mesmo Aspen vinte anos mais velhos. Não sei se fui a única, mas sei lá, tive que compartilhar. E o amor encantador dos dois continua e amei poder ter um gostinho a mais desse casal perfeito. E nossa, Maxon faz uma revelação do passado dele que eu fiquei absurdamente chocada, fiquei tipo, O QUÊ?! Valeu por ter lido.

Minha mão repousava sobre seu peito enquanto ele segurava minha cintura, e minha cabeça estava ligeiramente inclinada em direção a ele, como se seu coração tivesse uma força gravitacional.

Quero que vocês entendam que eu não achei o livro ruim, mas também não foi de se aplaudir de pé. Faltou muito, muito mesmo pra chegar ao nível dos três primeiros livros, foi bem mediano  e está bem longe de ser meu favorito. Porém o final ficou com cara de final. Ao mesmo tempo que fiquei feliz por ser o último (graças a Deus, pois só de me imaginar lendo outro livro da Eadlyn já me dá desespero haha), fiquei triste por não saber mais sobre  esse mundo de Illéia, America e Maxon. Não sei se vocês entendem, na verdade, nem eu entendi a tristeza que me deu quando terminei.
Mas enfim, para quem leu os livros anteriores é um livro essencial, porém não sei se vai alimentar as suas expectativas... Então, quer uma dica? Não crie expectativas. Simplesmente leia e tirem as suas próprias conclusões.


2 comentários

  1. Ai, esse livro me decepcionou bastante também... Mas mesmo assim a gente como fã acaba lendo!! Eu entendo você também, quando terminei me deu uma tristeza kkkkk acho que até aguento mais um livro de tanta saudades que estou kkk
    Amei seu blog é lindo parabéns *-*
    Bjos, Faby

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  2. Verdade, Faby hahaha Mas olha, acho que vem novidades por aí, quem sabe o 6º livro não sai, hein?! Não duvido nada... Awwn, e obg pelo carinho <33
    Beeeijos e volte sempre ^-^

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