Autora:
Marian Keyes
Editora:
Berthand Brasil
Páginas: 644
Ano: 2013
Sinopse: Helen Walsh não vive um bom momento. O trabalho como detetive particular não vai bem, o apartamento foi tomado por falta de pagamento e um ex- namorado surge com uma proposta de trabalho: encontrar o desaparecido músico da Laddz, a boy band do momento. Precisando do dinheiro, ela se vê forçada a aceitar, o que causa uma confusão em sua cabeça ao conviver com o ex e precisar acalmar o atual namorado. Ao tentar seguir suas próprias regras, Helen será arrastada para o mundo complexo, perigoso e glamoroso do showbiz, percebendo que seu pior inimigo ainda está por surgir. Irresistível, comovente e muito engraçado, Chá de sumiço é diferente de todos os romances do gênero, e a protagonista – corajosa, vulnerável e dona de uma língua afiadíssima – é a heroína perfeita para os novos tempos.
Hey, leitores! (:
Vocês que
acompanham o blog, sabem do meu amor pela autora, sou totalmente suspeita pra
falar sobre a Marian Keyes (estou devendo um post sobre ela, eu sei), então se
tiver muito puxa-saco, ignorem! Hahaha
O que dizer
de “Chá de Sumiço” ?! O que tenho a
dizer é: Sim, pessoal! A Marian Keyes está de volta! Depois de um longo tempo
sem livros publicados, Marian voltou com tudo esse ano para fechar o ciclo da
tão querida família Walsh. Não sei se vocês sabem, mas não completei o livro
das cinco irmãs ainda. Li o da Helen, Anna, Claire e Rachel. Falta somente a da
Margaret, mas vou enrolar mais um pouquinho – pelo fato de não ser muito
chegada nela, rs.
Posso dizer
pra vocês que comecei o livro com uma vontade voraz, mas foi o livro da Marian
que eu mais enrolei pra ler, não por ser ruim, mas sim por falta de tempo e
também pelo livro – mesmo sendo bom – ter seus altos e baixos.
Como sempre,
a Marian tem uma narrativa sensacional! O livro todo é narrado por Helen Walsh,
a irmã mais nova e minha favorita personagem da família Walsh. Por isso, logo
quando comecei ler o livro, fiquei chocada com o que aquelas páginas me informaram
e o que tinham para me oferecer sobre a Helen.
A história
em si é envolvente demais, Helen é uma investigadora particular, mas se vê
desempregada, enxotada do seu apartamento, com sentimento suicidas e pior
ainda, se vê de volta à casa de seus pais. Tem um namorado incrível – também
investigador -, mas além de não se ar bem com um de seus filhos (sim, ele tem 3
filhos e uma ex- mulher perfeita!), se sente absurdamente depressiva.
Mas, com o
surgimento de Jay Parker – um ex- namorado – e uma proposta de trabalho para
encontrar um integrante de uma banda famosa. Helen fica indecisa, mesmo tendo
um passado com Jay, - que a faz o odiar com todas as suas forças – Helen se vê
sem escolhas: estava sem dinheiro e precisava muito dele, então, se odiando por
isso, acabou topando. O que ela não fazia ideia, era o quanto iria ficar
obcecada pelo caso.
“Puxa, talvez ele encontrasse Wayne, e eu
não.
Nossa, que vergonha! Tudo bem que eu
planejava me matar, mas ainda me restava um pouco de orgulho pelo meu trabalho.”
Fiquei meia
hesitante, por esse fato de Helen ter depressão, mas Marian conseguiu abordar
de um jeito sensacional esse tema. Tanto por me emocionar e me comover, quanto
me arrancar algumas gargalhadas pelas atitudes de Helen – digo, fiz tudo pra me
controlar pra não rir no metrô, mas foi impossível!
Nunca que eu
ia imaginar, que a Helen louca de bem com a vida dos livros anteriores, seria
uma pessoa totalmente angustiada, amedrontada e tinha extintos suicidas. Mas, a
Helen que muitos conhecem, continua firme e engraçada! A personagem
persistente, forte e hilária continua. O que posso garantir pra vocês é: não me
decepcionei nem por um momento.
Além de
abordar a depressão de Helen, o ponto alto do livro é Wayne. E, posso dizer pra
vocês que Helen não foi a única que ficou obcecada por Wayne, Deus, eu estava me segurando para não
ler as últimas páginas para saber aonde essa criatura estava!
Todo o
mistério do caso e os personagens envolvidos, faz com que a história cresça
ainda mais. A cada página virada, ficava mais curiosa por mais informações de
Wayne, de seu paradeiro, de o porquê ele tinha sumido (além do motivo óbvio!) e
quem estava envolvido no seu desaparecimento – e olha que passaram tantas e
tantas coisas na minha cabeça!
O que enche
o livro também, são seus personagens marcantes, como a mamãe Walsh (que me fez
rir, como sempre! Haha), Jay Parker, Artie (o namorado de Helen), seus filhos
(principalmente a Bella), os integrantes da Laddz: John Joseph e Zeezah, Roger
e Frank (que me fez rir pacas: me traga um XANAX!) (Vocês ouviram bastante
sobre esse remédio! Haha), além de Gloria, que me fez quase arrancar os cabelos
pra saber quem era ela e também Harry Gilliam, que apareceu bastante em “Tem Alguém Aí?”... Enfim, são tantos
personagens, que é impossível citar todos, mas mesmo com aparições pequenas,
complementam a história. O que realmente senti falta, foi saber mais sobre as
irmãs de Helen, principalmente Anna (Tem
Alguém Ai?), mas o que eu queria saber sobre ela, foi citado, então fiquei
satisfeita.
“- Por ordens suas?-Por instruções
minhas – corrigiu, com certa rispidez. Harry Gilliam nunca mandava, ele
instruía.-Mas... Por quê?- Você começou a se acovardar e eu queria
que continuasse a busca por Wayne, e acontece que sei qual é o melhor jeito de
conseguir que Helen Walsh faça alguma coisa: manda-la fazer o contrário.”
Helen passa
por tudo nesse livro, desde momentos depressivos, estadias em hospitais
psiquiátricos, à perseguições, ameaças, coisas ilegais, dramas, suspenses, e
muitos, muitos comentários e situações engraçadas.
Sempre
gostei da Helen, mas depois desse livro, ela conseguiu a minha admiração e ser
a minha 2º personagem preferida da Marian Keyes (a primeira é a Lucy Sullivan de “Casório?!”).
E o que
posso dizer do final? Absurdamente óbvio
e chocante! Fiquei indignada por não ter passado aquilo na minha cabeça,
haha.
Marian é
digna de tirar o chápeu. ~palmas, palmas~
Enfim, para
não estender muito a resenha, digo e repito: Marian voltou com tudo e não
perdeu seu talento imenso de fazer histórias maravilhosas e nos fazer ficar
apegados aos seus personagens, além é claro, de não perder seu humor, que é seu
grande forte. E claro, a mensagem linda do livro, que me fez parar para refletir.
“-Então, como está se sentindo, no momento? –
perguntei a ele. – Com relação à cabeça?
- Estou bem. E você?- Muito bem, obrigada. Levou algum tempo,
mas estou melhor do que nunca, pelo menos em relação aos últimos anos. Acho que
jamais voltarei a ser como era antes da primeira crise. Nunca mais serei tão
durona, nem tão esperançosa. Mas estou muito bem, apesar disso.”
Parando com
a babação (mas ela é realmente maravilhosa no que faz!), o livro é repleto de
suspense, drama, mistérios, uma pitada de romance e muito humor! Indico de olhos fechados (:
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