Autor: Jay Asher
Clay Jensen caminha de volta para casa, após a longa manhã de aula. Ao chegar em casa, ele se depara com um pacote sem remetente na porta de sua casa.
Editora: Editora Ática
Título Original: Thirteen Reasons Why
Gênero: Ficção / Literatura Estrangeira
Páginas: 256
Ano: 2009
Sinopse: Ao voltar da escola, Clay Jensen encontra um misterioso pacote com
várias fitas cassetes. Ele ouve as gravações e se dá conta de que foram
feitas por uma colega de classe que cometeu suicídio duas semanas antes.
Nas fitas, ela explica que 13 motivos a levaram à decisão de se matar.
Clay é um deles. Agora ele precisa ouvir tudo até o fim para descobrir
como contribuiu para esse trágico acontecimento.
Clay Jensen caminha de volta para casa, após a longa manhã de aula. Ao chegar em casa, ele se depara com um pacote sem remetente na porta de sua casa.
O pacote contém sete fitas cassetes embrulhadas em uma caixa
de sapatos. Curioso, Clay vai até a garagem de sua casa atrás de um toca fitas.
Logo que aperta o play, a voz de Hannah Baker começa a falar. Hannah Baker, a
mesma que se suicidou na semana passada. Overdose de remédios. E, o pior de
tudo, Hannah foi o primeiro amor de Clay.
Nas fitas, Hannah explica oz treze
motivos que a fizeram acabar com sua própria vida. Consequentemente, quem
recebeu essas fitas é um deles. Cada lado da fita, Hannah narra a sua história
e detalha cada momento que essas treze pessoas começaram a destruí-la.
A regra que ela deixa aos 13 é a
seguinte: depois de escutá-las – sim, eles têm que escutar todas a fitas, mesmo
que sua história já tenha sido contada – e passá-las adiante para o nome da
história seguinte. Com as fitas e um mapa misterioso – que contém um X vermelho
em todos os lugares que Hannah viveu seus piores momentos – Clay, tenta - com
dificuldade - compreender como ele acabou entrando nessa lista.
De que modo Hannah vai dizer que eu a marquei? Porque não tenho ideia. E, depois que as pessoas ouvirem, o que vão pensar quando me encontrarem? Algumas delas, pelo menos duas, já sabem por que estou na lista. Será que me veem de maneira diferente agora?
O que Clay não consegue entender é
justamente isso: Por que ele está na fita? Ele nunca fez nada – absolutamente
nada – que pudesse insultá-la, desonrá-la ou até mesmo maltratá-la. Ele sempre gostou dela, desde que a viu pela primeira vez na
festa de despedida da amiga dela, Kit. No entanto, sempre achou que ela fosse areia
demais para seu caminhãozinho. Para Clay, ela nunca notou ele realmente, nunca
lhe deu uma oportunidade de chegar mais perto, de conversar, de conhecê-la de
verdade – a única chance que teve, simplesmente escapou de suas mãos. Agora,
porém, ele tem a oportunidade de entender Hannah e é o que ele vai busca nesta
noite: caminhar pela cidade às escuras, trilhando os lugares que Hannah deixou marcado no mapa, com o walkman no bolso, fone de ouvidos e a voz da garota que
ele amava sussurrando histórias arrepiantes em seus ouvidos.
E vocês – o resto – repararam nas cicatrizes que deixaram para trás? Não. Provavelmente não.
Não foi possível.
Porque a maioria delas não pode ser vista a olho nu.
Conforme Clay caminhava com o
walkman, ele escutava a voz de Hannah assustado e chocado com cada história
narrada. Cada detalhe, cada revelação, cada expectativa criada, confiança
quebrada, mentiras contadas; cada traição, frustração, medo, angustia, dor e
sofrimento e a profunda falta de esperança.
Como é ver a sua vida sendo destruída por causa de mentiras contadas por pessoas maldosas? É isso que Hannah conta para os treze envolvidos. Clay vive o turbilhão de emoção e dor narrada por Hannah, que resultou no suicídio dela. Aquilo acaba o atingindo de um jeito que ele não imaginava: uma dor excruciante.
Como é ver a sua vida sendo destruída por causa de mentiras contadas por pessoas maldosas? É isso que Hannah conta para os treze envolvidos. Clay vive o turbilhão de emoção e dor narrada por Hannah, que resultou no suicídio dela. Aquilo acaba o atingindo de um jeito que ele não imaginava: uma dor excruciante.
[...] E quando estragam uma parte da vida de uma pessoa, não estão estragando apenas aquela parte. Infelizmente, não dá para ser tão preciso ou seletivo. Quando você estraga parte da vida de alguém, você estraga a vida toda dessa pessoa. Tudo... é afetado.
Não importa o que eu disse até aqui, não importa de quem eu falei, tudo retorna a mim... tudo termina comigo.
A história é narrada em primeira
pessoa e contém duas narrativas simultâneas, de Clay e Hannah. A narrativa
dupla é ótima para nós, leitores, porque facilita a compreensão rápida de tudo.
Logo que Hannah narrava o ocorrido que a marcou, Clay nos mostrava seu ponto de
vista de como ele enxergou a situação. Jay Asher narra a história de uma forma
tão envolvente, o suspense e a curiosidade dos fatos me fizeram entrar em um
leitura frenética. Conforme Clay apertava o play e escutava a história, eu
ficava atenta. Quando Clay virava a fita e apertava o play de novo, dava um frio
na barriga. Me senti fazendo parte da história, parecia que estava vivendo
junto com Clay a experiência de escutar as histórias e o medo de que quando
apertasse o play, a história dele seria a próxima. E quando a fita dele começou
a ser narrada por Hannah, realmente parecia que a minha tinha chegado também.
Impressionante a sensação que o autor passou. Um frio na barriga maravilhoso.
[...] Sinto falta dela a cada sopro de ar que inspiro. Sinto falta dela com um coração que, por si só, se sente tão frio, mas que aquece quando os pensamentos sobre ela fluem através de mim.
As situações vividas por Hannah, são
de fato, pesadas. Assuntos polêmicos são tratados, desde voyeurs a estupros.
Não tem como citar alguma coisa sem ter spoilers. Porém, conforme Hannah vai
narrando, eu fui ficando com ódio, chocada e com uma repulsa imensa de alguns
personagens e me fez pensar: como existem pessoas repugnantes nesse mundo. Ela
vive fatos reais, que acontecem – infelizmente – pelo mundo todo,
principalmente em escolas. Uma palavra cruel, um boato, um xingamento, podem
gerar dores e sentimentos absurdos em uma pessoa. A mensagem deixada pra mim é
que as pessoas têm um impacto imenso na vida de uma pessoa que está sofrendo
uma agressão verbal ou corporal, tanto a que fala, quanto a que ri. Se tratando da vida de uma pessoa, não tem um tantinho ou tantão de culpa, se você é o agressor ou se é o telespectador... Simplesmente tem sua parcela de culpa. E isso, é bem visível conforme Hannah narra para os treze envolvidos.
Fiquei ali parado, vendo você desaparecer. Para sempre.
Entretanto, Hannah foi um incógnita
para mim. Muitas vezes não entendi seus atos, de início, achei que fosse por
inocência, depois em muitos acontecimentos, fiquei chocada e até mesmo irritada
com seus atos. Fiquei gritando na minha mente: “Hey, por que você está fazendo
isso?”e “Corre daí!!”... Mas, acabei de certa forma, no final
compreendendo tudo. Juntamente com Clay. E tenho certeza que vocês, de certa forma,
irão compreendê-la.
Os
13 porquês é um mistério que te contagia e te faz querer desvendar os
mínimos detalhes. Com um toque de romance trágico, a narrativa te faz viver uma
montanha-russa de emoções. Indico todos a ler e viver essa experiência única.
irão compreendê-la.
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